terça-feira, 25 de junho de 2013

Acho que te vi

Acho que eu te vi hoje, por entre as poeiras das lembranças que abarrotam o meu quarto. Acho que te vi ali, perdido entre um sonho esquecido e uma fantasia de asa quebrada. Acho que eu te vi, sim. E você estava igual à sua foto 3 x 4 que eu achei perdida no meio dos meus livros de culinária e longplays dos Beatles.

Você não mudou nada. Continua com a mesma cara pálida, o mesmo sorriso amarelo escondendo dentes tímidos, e a mesma camiseta azul desbotada de Superman. Acho que te vi fugindo da esperança que manca. Fugindo de um passo em falso dado pela vitória. Fugindo. Sem saber de onde vem nem para onde vai.

Você não mudou nada.

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