quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A biblioteca

Imortalizada estava em meio a tantas páginas amareladas com palavras ora sutis ora escandalizantes. E vinha um cheirinho de café de algum lugar por aí - talvez fosse de dentro de um dos livros daquelas velhas estantes abarrotadas - que emoldurava a cena com a delicadeza de uma flor: havia mais gente ali. E um par de olhos negros, tão negros como a noite mais escura, apareceu convidativo. Ah, por que me olhas assim?, logo pensou, mas talvez fosse melhor abrir um sorriso.

E muitos livros sorriram junto. E o café dançou por entre eles, resvalando daqui para lá numa valsa igualmente convidativa. E os olhos negros feito a noite sorriram o sorriso mais alegre que aqueles olhos verde-esmeralda já tinham visto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário