sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Rosa

Enquanto você fica se esmilinguinhando na minha memória, achando um lugar pra se esconder, eu fico me sofrendo toda. E sempre me sobra, me deixa, me arrebenta e arrebate uma pontinha de maleza. E tristeza. E sofreza.

Se você fizesse o favor de se retirar, eu não bateria a porta na sua cara. Nem atiraria o meu vaso preferido na sua cabeça. Nem te chamaria de Maligno, Pé-de-pato, Diá, Cramulhão ou Tisnado. Você não mereceria tanto.

Se você fizesse o favor de sair da minha cabeça, juro que te deixaria em paz também. Mas você insiste em ser esse carregume pra mim...



* Com referências a João Guimarães Rosa.

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