Fazia alguns dias que eu não a visitava.
Entrei no quarto e um forte odor me pegou pelas narinas. Ela já tinha tomado tanto remédio que, agora, ele saía pelos poros de sua pele já fina, colada nas costelas. O cabelo também caía aos tufos e ela mal teve forças de levantar a cabecinha - igualmente fraca - para me ver.
Mas ela sabia que eu estava ali. Embora debilitada pela doença, ela sabia que eu estava ali. Meus olhos se encheram de água quando vi que seu rabinho balançava na minha presença. Balançava com todas as mínguas forças que ela ainda tinha.
Eu, que fazia alguns dias não tirava um tempinho para vê-la, não fui repreendido. Nisso, ela era igualzinha aos outros cachorros. Só que mais valente e mais guerreira. E eu? Fazia alguns dias que eu não a via...
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