Ela não morreu de amor
Não. Ela morreu das palavras não ditas, dos lugares não visitados, das
dores não choradas. Morreu dos sonhos não realizados, das festas não dadas, dos
abraços recusados. Morreu de morte lenta, sofrida, desgastante. Morreu de ficar
presa à mesma vida, à mesma rotina, aos mesmos móveis dentro da mesma casa no
mesmo bairro da mesma cidade que nunca gostou. Morreu porque não viveu. E só
quem vive é capaz de amar.
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