segunda-feira, 3 de junho de 2013

Uma xícara de café de azar

A xícara escapou das mãos e deixou que a gravidade fizesse seu trabalho de rotina. Mais uma. Já era a terceira só essa semana. Estava difícil, ah, se estava... Vovó dizia que, quando louça quebra, era um mal que não pegou na gente. Haja proteção, hein?! Mas a maré estava braba, muito braba.

Nem era maré. Era tsunami de azar. Um oceano inteiro de azar. O mundo todo, a galáxia, o universo!

Um xícara de café de azar.

Azar? Não sei, não gosto dessa palavra. Mas fazer o que... sabe, às vezes parece que há um plano maligno miraculosamente armado pra te derrubar. Já conseguiram com três xícaras. Quando chegaria a minha hora derradeira?

Cansei do café. Encomendei uma pizza.

Eu já tinha bebido duas tequilas, e isso pra mim era muito. Mas ainda havia tanta coisa pra afogar...

Agarrei o entregador.

Não me lembro muito bem o que aconteceu naquela noite. (O que dizem sobre álcool é verdade então...)

Só sei que o complô deu certo.

E o teste de gravidez também.

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