segunda-feira, 22 de julho de 2013

A arruda

Ele chegou em casa e já torceu o nariz. Tinha um cheiro não reconhecido vindo da sala. O dia já tinha sido uma tortura, e agora mais essa catinga!

Enquanto a mulher dormia tranquilamente no sofá da sala, com um pepino em cada olho e um livro de autoajuda em cima da barriga, ele olhou a cena, um tanto consternado, e indagou (com uma leve sobressaliência na testa):

- Que isso, criatura?

- Ah... oi, amor! Nada não, é só um incenso de arruda que eu acendi. Bom, né?

E ela abriu um sorriso inegável. Ele deu de ombros, e roubou um dos pepinos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário