segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Nem parecia sábado...

Amanheceu um dia pesado e não era porque o céu cinzento anunciava um temporal. Nem parecia sábado...

A mala em cima da cama e os calçados ao lado dela: nunca mais veria aquele tênis preto furadinho no dedão direito. Ou a camisa azul que ressaltava os olhos de noite negra que ele tinha. Ou o relógio que ela teve que pagar em cinco vezes, mas que mesmo assim não deixou de dar no aniversário do primeiro ano de namoro.

Ano que se extinguiu tão rápido quanto passou.

O quarto já estava gelado. Logo a mala ia sair dali, junto com aqueles tênis pretos que tinham um furinho no dedão direito.

O dia estava pesado. E nem era culpa do temporal que se aproximava.

Nem parecia sábado...

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