terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Sobre aquele velho diário surrado

E a página em branco não condizia com tudo que foi escrito ao longo do último ano. Tudo que foi inscrito. E transcrito. E reescrito.

Mas a página em branco estava de acordo com todo mundo ali na sala, de roupa branca e uma taça de champagne para comemorar o ano novo que se aproximava, agora lentamente, segundo a segundo. Era a última página do diário, daquele diário velho e amarrotado com tanta coisa, tanta foto, tanto papelzinho vindo Deus sabe de onde.

A caneta tremia em meio aos dedos juvenis que se despediam das últimas linhas daquele diário, daquele ano. Quanta revolução em apenas doze meses! Ficariam para sempre na memória? Ficariam até o próximo semestre ainda frescas na memória? Ou seriam substituídas pelas novas experiências do novo que se aproximava, agora mais rápido, segundo a segundo?

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