Era uma noite de poucas estrelas no céu, porque uma chuvinha doce vinha tomando conta da varanda onde um livro estava aberto, fazendo companhia a um par de pés e uma taça de vinho. Coisa mais gostosa é chuvinha assim, que chega sem fazer barulho e até aquece o coração da gente. Chuvinha mansa e branda, que chega sem alarde, e faz companhia até cansar de ser mansa, e então descansa sob o luar.
Quanta brandura que cai dos céus, ó Deus. Que chuvinha macia nos ouvidos da gente. Nem dá vontade de fechar o livro ou tirar os pés da varanda. Que chuvinha doce me veio fazer companhia nessa noite de poucas estrelas no céu, mas de muita mansidão na imensidão da terra.
E que a minha janela não deixa de admirar.
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