domingo, 15 de maio de 2016

Céu de chumbo

O dia não estava ensolarado. Não havia piquenique no parque e nem aquela era uma família de comercial de margarina. Não se via gente na rua. Todos os sinônimos diziam exatamente o contrário.

O céu estava tão pesado que parecia que, a qualquer momento, iria desabar toneladas de chumbo sobre qualquer coisa que se mexesse. Era um céu de chumbo. Sombrio. Desolador.

Não se tinha opção, diziam. O jeito era sorrir e acenar. E continuar a se envenenar com aquele cálice miserável de quem não sabe perder. Mas aquele céu de chumbo me esmagava o coração.

Mal sabiam eles que meu coração era flor brotando no asfalto.

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